sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Dados do PNAD

Segundo Pnad 2008, Brasil ainda tem 14,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais
Ana Okada
Em São Paulo

O Brasil ainda tem 14,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, segundo os dados mais recentes da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O estudo foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (18) e tem informações referentes ao ano de 2008.

Segundo a Pnad, um em dez brasileiros com 15 anos ou mais não consegue ler ou escrever um bilhete simples. Esse é o conceito de "analfabeto" para o IBGE. A taxa de analfabetismo divulgada neste ano na Pnad é de 10%, dado semelhante ao ano passado, quando a taxa ficou em 10,1%.

Para Maria Clara Di Pierro, professora da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), enfrentar o analfabetismo não é estritamente uma questão de políticas educacionais, mas de políticas multissetoriais. Ela explica que o analfabetismo ocorre em duas vertentes: como resultado do contingente que hoje tem mais de 40 anos e não foi à escola e como consequência de condições precárias de vida de parte da população.

Mais de 25 anos

Dos 14,2 milhões de analfabetos, 95% têm 25 anos ou mais. É um contingente de 13,5 milhões de brasileiros.

O Nordeste concentra mais da metade do total de analfabetos com mais de 15 anos, com 7,5 milhões. Nesses Estados a taxa de analfabetismo alcança 19,4% - ou seja, quase um em cinco habitantes da região não sabe ler nem escrever. A taxa do Norte é a segunda maior do país, com 10,7%.

Por ser a região mais populosa, o Sudeste fica em segundo lugar no ranking em números absolutos, com 3,6 milhões de analfabetos. O Sul continua com a menor taxa de analfabetos (5,5%), mas, ainda assim, acumula 1,1 milhão de analfabetos. O Centro Oeste, por sua vez, tem a menor quantidade de analfabetos, com 839 mil e taxa de 8,2%.

Analfabetismo funcional

O número de analfabetos funcionais continua alarmante: apesar da queda de 0,8% em relação à última taxa divulgada, em 2007, o Brasil ainda concentra 21% de pessoas com mais de 15 anos e com menos de 4 anos de estudo completos. Esse percentual representa, segundo os dados divulgados hoje, 30 milhões.

O analfabeto funcional sabe ler, mas não consegue consegue participar de todas as atividades em que a alfabetização é necessária para o funcionamento efetivo de sua comunidade. Ele não é capaz de usar a leitura, a escrita e o cálculo para levar adiante seu desenvolvimento, segundo a Unesco.

Há mais homens entre os analfabetos funcionais: a taxa é de 10,2%. No grupo das mulheres, o percentual é de 9,8%. Todas as regiões registraram queda na taxa e o Nordeste continua sendo a que tem mais pessoas nessa condição, com 31,6% da população. A segunda maior taxa está no Norte, com 24,2%, seguida pelo Centro-Oeste, com 19,2% e pelo Sul (16.2%). A região Sudeste é a que tem menor concentração de analfabetos funcionais: a taxa é de 15,8%.

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domingo, 6 de setembro de 2009

Televisão

Olá, pessoal

Enquanto o tempo não me permite escrever sobre a questão da ressignificação dos conceitos, como prometido na postagem anterior, segue um vídeo sobre televisão.



O mesmo me foi enviado por e-mail por uma colega de doutorado. Imagino que sirva para nossas reflexões sobre os meios de comunicação.