quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

DOCUMENTO DO SINPRO-BAHIA

Professores enviam ao Sinpro Carta de protesto para denunciar irregularidades e injustiças cometidas pela FTC-EAD. 

Após a demissão sem justa causa de 60 professores, foi enviada ao Sinpro/BA uma carta protesto denunciando que os professores foram demitidos sem o pagamento dos salários de outubro e novembro do ano passado, férias, aviso prévio, pagamento do 13º salário, pagamento das férias devidas e proporcionais, liberação do FGTS e pagamento da multa de 40%. Confira abaixo.

CARTA ABERTA DOS PROFESSORES E PROFESSORAS DEMITIDOS DA FTC-EAD À SOCIEDADE BAIANA

Nós professores e professoras demitidos sem justa causa da Faculdade de Tecnologia e Ciência – Ensino a Distância, doravante FTC-EAD, vimos por meio desta denunciar a situação humilhante e indigna a qual estamos sendo submetidos desde dezembro de 2010 quando da nossa demissão.

A referida instituição de ensino superior procedeu a demissão de aproximadamente 60 professores sem efetuar o pagamento dos meses de outubro e novembro, bem como ignora os trâmites legais referentes às nossas rescisões contratuais que envolvem o pagamento do aviso prévio, pagamento do 13º salário, pagamentos das férias devidas e proporcionais, bem como 1/3, liberação do FGTS e pagamento da multa de 40%, pagamento do INSS, pois o mesmo sempre foi descontado em nossos contracheques e nunca recolhido, lesando assim tanto os trabalhadores e trabalhadoras em educação quanto o Estado.

Infelizmente este tipo de procedimento por parte da FTC é recorrente e conhecido das instituições que lidam com a Justiça do Trabalho bem como os que representam a classe, pois outros professores demitidos anteriormente não receberam seus direitos, apesar de ganharem a causa na Justiça do Trabalho, o que comprova o descaso e o escárnio desta instituição para com seus docentes, discentes, leis trabalhistas e com a educação.

Na qualidade de educadores que vêm contribuindo no processo de construção de uma Educação de qualidade resolvemos expor nossa indignação com este tratamento vergonhoso engendrado na contramão dos direitos trabalhistas e convidar aqueles que concordam com a nossa interpretação, a se posicionarem publicamente sobre este assunto, uma vez que a FTC mantem-se no mercado propagandeando-se como faculdade de referência, sempre conservando a qualidade, aspectos que não condizem com a falta de ética de sua prática.

Nós, professores e professoras, demitidos sem justa causa da FTC-EAD, assinamos esta carta de protesto, indignação e contra o desrespeito aos nossos direitos trabalhistas.

Comissão dos Demitidos

Profª Ana Paula Carvalho Trabuco Lacerda

Prof. Cesar Mustafa Tanajura

Profª Claudia Veja Correia Gonçalves

Profª Miriã Fonseca de Jesus

Prof. Moises Santos de Souza

Profª Mônica Maria dos Santos

Prof. Rafael Sancho Carvalho da Silva

Prof. Roger Assis Ribeiro

Prof. Tailson Jeferson Paim dos Santo

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sábado, 14 de agosto de 2010

Marx e a crítica da educação

O texto abaixo faz parte da "orelha" do mais recente livro da editora Ideias e Letras, que será lançado muito em breve.

O livro é do autor Justino de Souza Júnior.

Com ele estamos retomando nossas postagens no nosso blog.

Vamos à leitura
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A tradição dos estudos e pesquisas em educação referenciados no marxismo costuma adotar a categoria trabalho como a categoria na qual se concentrariam todas as preocupações marxianas concernentes à educação. Dessa forma, há uma centralização excessiva, para não dizer absoluta, dos interesses na categoria trabalho. Essa centralização coloca-se quase que como uma consequência lógica da compreensão que define o trabalho como atividade vital e categoria fundante do ser social.

Todavia, a centralidade ontológica do trabalho não pode autorizar nem induzir automaticamente à tese da “centralidade pedagógica” do trabalho no processo de formação do sujeito social potencialmente revolucionário. Quando se realiza de maneira linear o percurso no qual se passa da afirmação do caráter ontologicamente fundante do trabalho à “centralidade pedagógica” do trabalho (abstrato, alienado, estranhado) no processo de formação humana, opera-se uma redução na contribuição marxiana para a educação. Elidi-se a categoria da práxis ou porque se entende que está contida no trabalho, ou porque sua importância é simplesmente desconsiderada ou até desconhe¬cida. Perante esse procedimento, coloca-se a indagação: a categoria da práxis teria alguma importância em si no interior do marxismo ou seria uma categoria decorativa, que se pode usar ou não sem que se altere o teor de uma elaboração?

No caso da reflexão sobre a educação, especificamente, a categoria da práxis parece ser decisiva, pois é a categoria que melhor define o principal propósito marxiano e marxista: a emancipação social, a superação da ordem do capital. Ora, esse propósito não se põe – aliás, a própria realidade da ordem do capital não se põe – senão a partir da práxis (no caso, da práxis produtiva, do trabalho), mas a superação prática dessa realidade apenas se faz possível pela práxis (político-educativa).

Essa mesma práxis é em si educativa, assim como precisa de um conjunto de ações educativas que a favoreçam. Dentre essas ações está o trabalho. Todavia, a categoria trabalho, como trabalho alienado, abstrato, estranhado, portanto, não é capaz sozinha de expressar toda a complexidade da problemática da educação em Marx.

O principal e maior de todos os problemas que acarreta para a reflexão marxiana da educação o superdimensionamento da categoria trabalho e a consequente elisão da práxis é que os educadores marxistas correm o risco – o que se confirma em determinadas pesquisas sobre trabalho e educação – de mergulharem no “mundo do trabalho”, no “chão de fábrica” com a pretensão – e a melhor das intenções – de compreender o modo de realização das tarefas, o modus operandi do fordismo-taylorismo ou do toyotismo, as relações de domínio ou controle que se estabelecem, as estratégias de resistência, a socialização do saber ou a apropriação desse, enfim, pretendendo compreender esse mundo e seu caráter educativo, mas acabam presos e enredados nele como fim em si.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ciclo de Formação Pedagógica

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), através da Linha de Estudos e Pesquisas em Educação Física & Esportes e Lazer (Lepel), promove nos dias 26 e 27 de maio, o 2º Ciclo de Formação Pedagógica em Educação Física.

Com o tema Avaliação e o Trato com o Conhecimento da Cultura Corporal, o evento objetiva aprofundar o debate sobre a avaliação em educação física e outras áreas da educação, analisando a realidade e apontando novas possibilidades. O público-alvo são estudantes, professores e pesquisadores de educação/educação física e pessoas que se interessem pelo assunto.

O 2º Ciclo de Formação Pedagógica em Educação Física “procura apresentar um debate pouco presente no campo da educação física escolar e que diz respeito aos processos de avaliação no trato com o conhecimento da cultura corporal” afirma o professor Wellington Araújo, organizador do evento. “Queremos contribuir com a discussão pedagógica na área da educação, educação física e a qualificação dos professores da rede municipal e estadual e na formação dos estudantes da Uefs e outras universidades e faculdades de Feira de Santana e região”, acrescenta.

O evento, que conta com o apoio da Pró-Reitora de Extensão (Proex) e do Departamento de Educação da Uefs, acontecerá no auditório do Módulo 4 do campus universitário.

As inscrições são feitas no Parque Esportivo da Uefs (atrás do 1º módulo). Maiores informações no blog http:/www.lepeluefs.blogspot.com.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Gramsci

Para educadores e curiosos que queiram aprofudar ou conhecer o filósofo sardenho, segue linlk da revista paidéia que nesse número publica artigos relacionados ao pensamento gramsciano.

Revista Paidéia - Filosofia da Educação, do Grupo PAIDÉIA/Unicamp.
O tema central é Gramsci e a Educação. Para acessar: http://www.fae.unicamp.br/revista/index.php/rdp/issue/view/83/showToc

terça-feira, 16 de março de 2010

Evento da Rede LEPEL

A FACED/UFBA através do Grupo LEPEL, do programa de Pós-Graduação em Educação e do Departamento III - Educação Física, promovem: CURSO INTENSIVO E SEMINÁRIO INTERATIVO com a pesquisadora da UNESP, professora doutora LIGIA MÁRCIA MARTINS sobre PEDAGOGIA HISTÓRICO CRITICA E PSICOLOGIA HISTÓRICO CULTURAL. Estarão em discussão às contribuições de Vigotsky, Luria, Leontiev e Saviani para a Educação Escolar. Os eventos acorrerão no período de 17 a 19 de março de 2010 no Auditório I da FACED/UFBA, das 14 às 18 horas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

País só cumpre 33% de metas de educação

Relatório mostra que ainda há alta repetência, a taxa de universitários é baixa e o acesso à educação infantil está longe do proposto

Estudo de pesquisadores de universidades federais abrange o período de 2001 a 2008, incluindo dois anos de governo FHC e seis de Lula


ANGELA PINHO
LARISSA GUIMARÃES

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Enquanto petistas e tucanos fazem alarde dos seus feitos na educação, um dos levantamentos mais abrangentes já realizados sobre a última década revela que os avanços na área foram insuficientes. Apenas 33% das 294 metas do Plano Nacional de Educação, criado por lei em 2001, foram cumpridas.

Relatório obtido pela Folha, feito sob encomenda para o Ministério da Educação, aponta alta repetência, baixa taxa de universitários -apesar dos programas criados nos últimos anos- e acesso à educação infantil longe do proposto.

O estudo, que abrange o período de 2001 a 2008, foi feito por pesquisadores de universidades federais, com apoio do Inep (instituto de pesquisa ligado ao MEC).

O plano foi criado com o objetivo de implantar uma política de Estado para a educação que sobrevivesse às mudanças de governo. As metas presentes nele são de responsabilidade dos três entes federados, mas municípios têm mais atribuição pela educação infantil e fundamental; Estados, pelo ensino médio; e a União, pela articulação de políticas.

O estudo traz indicadores relativos ao período de 2001 a 2008 -dois anos de governo FHC e seis de Lula. Para muitas metas, não há nem sequer indicador que permita o acompanhamento da execução.

Em outros casos, em que há indicadores claros, há um longo caminho pela frente. A educação infantil é um exemplo.

O plano previa que 50% das crianças de 0 a 3 anos estivessem matriculadas em creches até 2010. É o que a faxineira Adriana França dos Reis, 32, desejava para sua filha, que chegou aos quatro anos sem conseguir vaga. "Quanto mais cedo ela entrar na escola, sei que mais longe ela vai chegar", diz. Segundo o IBGE, só 18,1% das crianças de até três anos estavam em creches em 2008.

Já o ensino fundamental foi quase universalizado e aumentou de oito para nove anos.
No ensino médio, o obstáculo é já no atendimento. Na faixa etária considerada adequada para a etapa (15 a 17 anos), 16% estão fora da escola. Na educação superior, o plano estabelecia uma meta de 30% dos jovens na universidade. Em 2008, o índice estava em 13,7%.

O objetivo número um na educação de jovens e adultos, a erradicação do analfabetismo, está longe de ser alcançado. O Brasil ainda tem 14 milhões de pessoas de 15 anos ou mais que não sabem escrever.

Para João Oliveira, professor da UFG (Universidade Federal de Goiás) e um dos responsáveis pela pesquisa, uma das principais causas dos problemas na execução do PNE foi o veto à meta que previa um aumento expressivo nos recursos destinados à educação: 7% do PIB em educação até 2010.

Prevista na proposta aprovada no Congresso, foi vetada por FHC, que terminou seu mandato com um investimento de 4,8%. A decisão do tucano foi duramente criticada por petistas, que, em 2007 (dado mais recente disponível), já no poder, tinham aumentado o percentual apenas para 5,1%.

Sem financiamento, diz Oliveira, o plano acabou perdendo força, pois impôs deveres aos governos sem viabilizar recursos para o cumprimento deles.

[matéria retirada da FOLHA DE SÃO PAULO - COTIDIANO] - 03.03.2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Enem

O próprio Ministro da Educação, Fernando Haddad, foi obrigado a admitir o fracasso da primeira edição do novo Exame Nacional do Ensino Médio, reformulado para substituir os tradicionais vestibulares. Criado há 12 anos para ser um exame de certificação de ocupações, como uma credencial para o mercado de trabalho do estudante de ensino médio, o Enem vem mudando de formato e função. Mesmo distante do projeto inicial, e também do atual, de se tornar um substituto do vestibular, já ganhou a aceitação dos alunos: mais de 2,5 milhões fizeram o exame.