segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Que tudo não se realize

Estou sentindo muitas dificuldades de desejar boas festas, bom natal, feliz ano novo ou qualquer coisa que o valha nesse ano. As coisas que tenho percebido ocorrer no nosso cotidiano não me permitem enganos e enganar os outros. Portanto, não teremos um ano feliz. Sinto dizer.

Crianças continuarão a morrer de fome. Jovens e adultos também. Muitos, além de morrerem de fome, continuarão cometendo suicídios por não terem os seus legítimos anseios satisfeitos. Além da fome, doenças facilmente curáveis continuarão matando as crianças. Não todas. As chuvas, em função do desmatamento irracional feito pelos homens, continuarão inundando e matando os homens e mulheres. A culpa voltará a ser dos ratos que se escondem nos esgotos. O menino morreu de leptospirose. É um novo nome para a irracionalidade. Calazar é o sobrenome.

A dengue continuará. Outra epidemia aparecerá, mais forte e com mais letras e números. A corrupção continuará e os corruptos também, impunes como sempre. Obama, o prêmio Nobel da Paz, continuará a enviar mais homens para ampliar o contingente no Iraque e no Afeganistão. Mas tudo em nome da paz, pois essa só se garante com guerra.

Os hospitais continuarão cheios e com leitos cada vez mais lotados. Os planos de saúde, sorridentes pelas ampliações das doenças, aumentarão as mensalidades, alertando, para evitar inconvenientes, que não cobrem todas as doenças.

O setor da educação continuará dividido entre aqueles que são educados para ocupar um mercado de trabalho cada vez mais incerto e outros que são educados para pensar como ampliar o mercado, pois o mesmo está incerto, usando cada vez menos a força de trabalho que está sendo educada para o trabalho precarizado. O setor esportivo continuará perpetuando os de sempre, que continuarão a fazer o que sempre fizeram.

Existem muito mais coisas. Inclusive, às boas. Mas preferir às ruins. Pois sei que seus ouvidos estão sendo invadidos por palavras de otimismo. Isso é bom. Mas aprendir com Chico de Oliveira que o otimista é o pessimista mal informado.

Para não finalizar a mensagem sem nenhuma esperança, desejo que tudo isso que coloquei acima não ocorra.

É o meu desejo sincero. Apenas isso.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A ESCOLA COMUNA

O presente livro é um documento histórico da maior importância sobre os esforços dos pioneiros da Revolução Russa de 1917 ante a colossal tarefa de recriar o seu sistema educacional. Ele fornece uma série de pistas sobre o papel da escola na formação das crianças e jovens e mostra como ela muda sua forma e seu conteúdo quando orientada pelos interesses e objetivos da classe trabalhadora: ou seja, reorganiza sua atuação para formar lutadores e construtores de uma nova sociedade.

Pistrak foi um dos grandes líderes desta empreitada histórica e nos relata, neste livro, os esforços de um grupo de educadores comprometidos com a recriação da nova escola soviética.

O texto é uma obra coletiva de professores que trabalhavam com Pistrak na Escola-Comuna, uma escola experimental-demonstrativa do Ministério da Educação. Tem ainda a colaboração de V. N. Shulgin, um dos grandes teóricos da “Pedagogia do Meio” soviética. A primeira parte, coletiva, reúne os fundamentos teóricos e a segunda parte apresenta a visão de cada um dos professores das várias disciplinas escolares.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Prometir e estou devedor. É que os dias foram cheios. Retorno para a UEFS, participação na conferência estadual de educação, fim de semestre na Social enfim...trabalho, trabalho e mais trabalho.

Mas esta semana sai alguma coisa do livro do Benedicto.