
Hoje pela manhã, relendo algumas referências na retomada de algumas questões relacionadas à tese que estou desenvolvendo, reencontrei-me com o "companheiro" da pós, Tomasello. Michael Tomasello, antropólogo alemão autor, dentre outros, do livro Origens Culturais da Aquisição do Conhecimento Humano, editado pela Martins Fontes no ano de 2003.
Estava ele quieto, entre livros e papéis, fechado e em silêncio, a espera de um novo encontro com algum leitor desavisado.
Tomasello é um daqueles raros sujeitos que vem perseguindo durante toda sua vida, uma problemática. Dizem que esses são os melhores!!! A problemática diz respeito a como o ser humano adquire o conhecimento, buscando respostas principalmente nas pesquisas que faz com crianças e primatas.
No último capítulo do livro citado, o sétimo, lá estar um velho amigo de todos nós, professores, abrindo o texto sobre Cognição Cultural: o Vigotski, dizendo que "O pensamento não apenas se expressa em palavras; ele adquire existência através dela".
Completaria dizendo que não só "adquire existência" como se amplia. Não há pensamento sem linguagem, sem leitura, sem debate, sem diálogo. Avançaria na minha petulância e diria que também não são qualquer palavras, textos, diálogos e debates, entre outros, que faz avançar o pensamento. Questão que exige um melhor e maior aprofundamento, impossível neste momento.
Mas este pensamento de Vigotski trazido por Tomasello me fez lembrar da linguagem que hoje os mais jovens - principalmente - se utilizam para dialogar nos menseger da vida, nos chats, entre outros.
Palavras(?) curtíssimas, de no máximo duas a quatro letras isso quando o diálogo não se processa(?) apenas com as imagens...afinal não são essas que valem mais do que mil palavras?
Frases? Sim! Mas codificadas para "mentes" brilhantes.
Lembro-me do George Orwell e da sua novilíngua no livro 1984. Um projeto fascista de encolhimento das palavras para impedir a ampliação do pensamento.
Srá ss o mtiv? O q vc ach?
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